GRIS é lutar contra a própria mente – Análise

Apontados por muitos como o Journey dessa geração, GRIS apareceu como um jogo de um gênero atípico, aqueles que são muito difíceis de explicar.

Dessa lista, o maior expoente é Journey, lançado em 2012 sendo basicamente um walk simulator com elementos online. O maior diferencial desse jogo é sua história, ou melhor, a falta dela.

Esse conceito, famosa pela produtora That Game Company, começou com Flow (2006) e Flower (2009), jogos também parecidos com Elektroplankton (2005). Uma expansão do conceito foi Journey. Esse trouxe muitos cenários, algumas ações a se fazer e nada de diálogos ou textos.

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Journey é um jogo sensorial, que fala por si só sem dizer nada, como um filme sem som que consegue mesmo assim transmitir a mensagem. É um design por minimalismo que impacta desde ICO (2001) para o PlayStation 2.

Como uma experiência única, Journey tentou ser repetido inúmeras vezes por diferentes produtoras. Sempre que um jogo parecido sai, a comparação é inevitável. Abzu (2016) e Rime (2017) trouxeram ideias interessantes, uma aventura semelhante mas sem conseguir criar conexão entre o jogador e personagem da tela.

Até que no fim de 2018 saiu GRIS, vencedor da categoria Games for Impact do The Game Awards do ano seguinte.

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GRIS é um jogo diferente. Ele expande as possibilidades de Journey com uma variedade maior de gameplay e com um cenário dinâmico que começa sem vida, e que aos poucos se enche de cor.

No início do jogo vemos uma escultura quebrada, de uma menina, sem vida. Ao decorrer dos puzzles, nem muito difíceis e nem extremamente fáceis, a cor do mundo se recupera. Mesmo assim, os perigos não param de aparecer e o fato de ver a personagem sempre triste é um aspecto instigante.

O que ocorre é que temos uma personagem lutando para salvar seu próprio mundo. Ela, porém, parece não ter mais forças.

Sua única saída é recorrer ao jogador, para que a ajude a superar os medos e os problemas de seu próprio inconsciente.

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Sem dúvida GRIS é uma jornada diferente de Journey, com um fundo para a história muito mais impactante mesmo possuindo a mesma quantidade de textos e diálogos de Journey: quase zero.

9/10

2 comentários em “GRIS é lutar contra a própria mente – Análise

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